Tesouro Direto: Quanto rende R$ 1.000 com a alta da Selic?

Você já se perguntou quanto rende investir no Tesouro Direto? Com a taxa Selic em alta, muita gente quer saber se esse é o melhor momento para aplicar dinheiro nos títulos públicos. Mas será que realmente vale a pena?
O Tesouro Direto é uma das formas mais seguras e acessíveis de investimento no Brasil. Com valores a partir de R$ 30, qualquer pessoa pode emprestar dinheiro ao governo e receber juros em troca. Mas o grande diferencial está em entender como escolher o título certo e como a Selic influencia nos ganhos.
Se você busca um investimento seguro e rentável, é fundamental conhecer as diferenças entre os títulos disponíveis, calcular a rentabilidade e entender quando vender ou manter os investimentos. Afinal, a decisão errada pode fazer você perder dinheiro ao invés de ganhar.
Neste conteúdo, você vai descobrir quanto rende R$ 1.000 no Tesouro Direto, quais os erros mais comuns ao investir e como aproveitar ao máximo a alta da Selic para fazer seu dinheiro crescer.
Tesouro Direto: Quanto Rende e Como Aproveitar a Alta da Selic?
O que é o Tesouro Direto e como ele funciona?
Criado em 2002 pelo Tesouro Nacional, o Tesouro Direto é um programa que permite que qualquer pessoa invista em títulos públicos emitidos pelo governo. Basicamente, ao comprar um título, você está emprestando dinheiro para o governo federal em troca de uma remuneração futura com juros.
Mas qual a vantagem? Diferente da poupança, o Tesouro Direto acompanha a taxa Selic e a inflação, oferecendo rentabilidade superior na maioria dos casos. Além disso, é um investimento extremamente seguro, já que é garantido pelo governo brasileiro.
Tesouro Direto é seguro?
Muitas pessoas ainda têm receio de investir em títulos públicos por medo de perder dinheiro. Mas a verdade é que o Tesouro Direto é um dos investimentos mais seguros do Brasil. Isso porque ele é garantido pelo governo federal, que tem o compromisso de pagar os investidores no vencimento dos títulos.
Diferente de um banco ou instituição financeira, o governo tem o controle da moeda e da economia, o que reduz drasticamente os riscos de um calote. Para se ter uma ideia, o risco de um banco quebrar é maior do que o governo não honrar seus compromissos com os investidores.
Agora que você já entendeu como funciona o Tesouro Direto e sua segurança, vamos ao ponto mais importante: quanto realmente rende investir nele? E como a Selic influencia nesses ganhos?
Quais são os tipos de títulos públicos disponíveis?
Ao investir no Tesouro Direto, você pode escolher entre três tipos de títulos públicos, cada um com uma característica diferente:
- Tesouro Selic: Atrelado à taxa básica de juros, este título acompanha diretamente a Selic. Ele é indicado para quem busca liquidez e rentabilidade sem risco de perdas caso precise resgatar antes do vencimento.
- Tesouro Prefixado: Com uma taxa de juros definida no momento da compra, ele garante rentabilidade fixa até o vencimento. É interessante para quem acredita que a Selic pode cair no futuro e quer garantir um retorno estável.
- Tesouro IPCA+: Atrelado à inflação, esse título paga um juro fixo mais a variação do IPCA. É uma excelente opção para quem quer proteger o dinheiro da desvalorização ao longo do tempo.
Quanto rende investir R$ 1.000 no Tesouro Direto?
A pergunta que muitos investidores fazem é: quanto rende R$ 1.000 investidos no Tesouro Direto? Vamos a algumas simulações com base na Selic atual.
Suponha que a Selic esteja em 11,75% ao ano. Considerando um investimento no Tesouro Selic, o rendimento bruto seria de aproximadamente:
- R$ 1.000 após 1 ano → R$ 1.117,50
- R$ 1.000 após 5 anos → R$ 1.746,00
- R$ 1.000 após 10 anos → R$ 3.048,00
No caso do Tesouro IPCA+ 2029, se a taxa fixa for de 5,50% + IPCA, e assumindo uma inflação de 4% ao ano, o cálculo aproximado seria:
- R$ 1.000 após 1 ano → R$ 1.095,00
- R$ 1.000 após 5 anos → R$ 1.780,00
- R$ 1.000 após 10 anos → R$ 3.225,00
Vale lembrar que esses cálculos são aproximados e não consideram impostos, como o Imposto de Renda e a taxa de custódia da B3, que podem reduzir o rendimento líquido.

A influência da Selic no Tesouro Direto
A taxa Selic tem um papel fundamental no rendimento dos títulos públicos. Quando a Selic sobe:
- O Tesouro Selic se torna mais atrativo, pois sua rentabilidade aumenta.
- O Tesouro Prefixado pode perder valor no mercado, já que títulos antigos oferecem juros menores que os novos.
- O Tesouro IPCA+ pode oscilar, pois sua precificação no mercado secundário depende das expectativas da inflação e dos juros futuros.
Se a Selic cair, o Tesouro Prefixado comprado antes da queda pode render ainda mais, pois os investidores buscarão títulos que pagam juros maiores que os novos disponíveis.
Tesouro Direto ou Poupança: qual vale mais a pena?
A poupança ainda é a escolha de muitos brasileiros, mas perde feio para o Tesouro Direto em termos de rendimento.
Com a Selic acima de 8,5% ao ano, a poupança rende apenas 0,5% ao mês + TR (Taxa Referencial), o que dá cerca de 6,17% ao ano. Enquanto isso, o Tesouro Selic rende quase o dobro.
Além disso, na poupança o dinheiro fica preso por 30 dias para gerar rendimento, enquanto o Tesouro Direto permite resgates diários.
Vale a pena investir no Tesouro Direto hoje?
Se há um momento propício para investir no Tesouro Direto, esse momento é agora. Com a alta da Selic, os títulos públicos estão oferecendo rentabilidades atraentes, especialmente para aqueles que buscam segurança e previsibilidade. Mas, além da rentabilidade, há um fator ainda mais importante: planejamento financeiro.
Muitos brasileiros ainda deixam seu dinheiro na poupança, acreditando ser a opção mais segura, sem perceber que ela perde para a inflação. O Tesouro Direto, por outro lado, permite que seu capital trabalhe a seu favor, garantindo retornos que realmente fazem a diferença no longo prazo.
Entretanto, é essencial fazer escolhas alinhadas com seus objetivos. Se precisa de liquidez, o Tesouro Selic é a melhor opção. Se busca um rendimento fixo, o Tesouro Prefixado pode ser interessante. Já o Tesouro IPCA+ protege seu patrimônio da inflação, sendo ideal para planos de longo prazo.
Seja qual for sua escolha, o mais importante é começar. Muitas pessoas adiam a decisão de investir e perdem oportunidades que poderiam transformar suas finanças. Com valores a partir de R$ 30,00, o Tesouro Direto está acessível a todos.
Como dar o primeiro passo?
- Abra uma conta em uma corretora: Escolha uma instituição autorizada pelo Tesouro Nacional.
- Defina seu objetivo: Você quer um investimento de curto prazo, proteção contra a inflação ou um rendimento fixo no futuro?
- Escolha o título certo: Considere seu perfil de risco e prazo desejado.
- Invista regularmente: Pequenos aportes constantes podem fazer grande diferença no longo prazo.
Não deixe seu dinheiro parado! Com a Selic alta e boas opções de títulos públicos, investir no Tesouro Direto pode ser o caminho para alcançar seus objetivos financeiros com segurança e previsibilidade. O futuro financeiro que você deseja depende das decisões que toma agora.